DESPEDIDA

DESPEDIDA


Sinto que parei
Que esqueci até
O quanto perdi
Tentando...
Entretanto, sinto:
O bom que ficou,
A lembrança, a ternura
Do pouco que restou.
Agora dói em mim
A saudade neste peito.
A loucura, o desejo
De um tempo sem jeito.
Saudades... O que restou?
Nem sei lhes dizer!
Tudo passou em um lapso
No compasso do meu tempo
Que carrego em meu ser.
Disseste adeus.
Partiste num abraço.
Em seus braços, levaste o desejo
Nos lábios, o sorriso aberto
E no momento certo
Calaste, para não chorar.

E por falar em saudade onde anda você
Onde andam seus olhos que a gente não vê
Onde anda esse corpo
Que me deixou louco de tanto prazer
E por falar em beleza onde anda a canção 
Que se ouvia na noite dos bares de então
Onde a gente ficava,onde a gente se amava
Em total solidão
Hoje eu saio da noite vazia
Numa boemia sem razão de ser
Na rotina dos bares,que apesar dos pesares
Me trazem você
E por falar em paixão, em razão de viver
Você bem que podia me aparecer
Nesses mesmos lugares, na noite, nos bares
Onde anda você.